terça-feira, 2 de agosto de 2011

Coluna de Navarro

Coluna de Navarro
FORMOSA E O TRABALHO


                 Cidade Formosa do Rio Preto, onde quarenta e nove anos de existência resplandecem fulgurante adolescência. Chegou ao limite da permissividade ingênua, que lhe fez aceitar, quaisquer para gerir os seus destinos. Tomando jeito de cidade-adulta, certamente irácomeçar , como toda adolescente, a ser exigente com aqueles que  lhe conduzem o destino, de fato e de direito, para um futuro de grandeza. Não poderáficar , de agora para a frente, em mãos manipuladoras , que não raro, só se predispõe a enfiar-se  no próprio bolso para lá depositar e nunca retirar...para doar.  Já não cabem estilos políticosclãnistas  tipo “não mexe com aquele cara que a família dele é muito grande e votam todos comigo!”. Estes estilos, sempre descriminam e o governo pautado neste lume, administra o dinheiro público, não para todos mas para alguns, apaniguados. DON TAPSCOTT diz que “a falta de emprego para os jovens de hoje, pode jogar o mundo numa radicalização parecida com a da década de 60.”
              De que a cidade necessita então? Como administrar para todos, dentro de critérios equânimes? Parece-nos, criando oportunidades de trabalho para todos. Advirto, não me referi a emprego público, escrevi, oportunidadesde trabalho. Estas, só a iniciativa privada tem competência parafazê-lo.  Em nossa Formosa, a capacidade privada de gerar postos de trabalho é escassa. Porque? Porque a produção é escassa. Faltam-lhe os insumos básicos, que só o poder público pode oferecer, mas que costumeiramente se omite por incapacidade gerencial oupolítica.  Vamos nos referir apenas a alguns , peculiares ao nosso município:
Fundamentalmente a energia elétrica. Com o potencial,em  grande parte a realizar,  do nosso agro-negócio, com volume de produção batendo recordes, mas sem o desdobramento lógico e econômico do beneficiamento das comóditesque apenas exportamos, sem lhes agregar  valor, face a ausência de oferta energética.
Como falar em industrialização sem energia elétrica? Com ela abundante teríamos, esmagadoras de óleos, de soja, milho, caroço de algodão, de tecelagem, até de fiação e curtume. E nos nossos quilômetros de Rio Preto, lindo e límpido,proporcionaríamos turismo ecológico, todos a gerar centenas de postos de trabalho.  Outro óbice a vencer é sem dúvida a rede viária.   Possuímos, dentro da geografia municipal, mais de quatro mil quilômetros de vias que deveriamestar  à disposição da produção. O acesso à COACERAL, apenas para citar um exemplo de omissão,todo ano é socorrido pelos produtores, que fazem vaquinha para recuperá-lo. Como escoar produção do macro e do pequeno produtor sem estradas? A que custos?
              Tudo isto basicamente a depender de uma oferta de energia.  Sabemos que o prefeito Neo, tem projeto de construção de estação rebaixadora, em uma tentativa de livrar-se da ineficiência da COELBA. Seu governo de oito anos já expira e ela não efetivou-se. O Tocantins está oferecendo energia ociosa , limpa e confiável. É digno de menção também a precariedade das comunicações. A internet, instrumento de trabalho dos mais elementares, hoje em dia imprescindível à dinâmica dos negócios é precária, para não dizer inútil.Acreditem, a telefonia ainda é analógica !... muita falta de respeito ao cidadão formosense.
              Senhores pretendentes ao trono municipal!  Quantos postos de trabalho seriam gerados e que certamente atenderiam a demanda de todos estes jovens em idade de ingressar no mercado de trabalho e que se vêem na contingência nada dignificante dese filiarem ao governante do dia, na esperança de obterem  uma atividade remunerada que lhes dê  alternância  de futuro, entre trabalhar ou fumar maconha. O vencedor , no próximo pleito que célere já se aproxima, desfrutará da grande oportunidade para inaugurar a era do planejamento global , integrado , impessoal,  com consciência empreendedora que vise o bem comum e despido da politicagem  quase sempre demagógica e eleitoreira.  Sóassim  se justificará nas funções que aspira.
        Formosa do Rio Preto, abril 2011
          Geraldo Navarro

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