O GARÍ  LIMPA... E O CAVALO SUJA

            O lixo está assumindo feição dramática, para os administradores. Em todas as cidades do mundo, este problema tem-se feito priorizar, nas administrações, sobretudo municipais. Os lixões, de uso ultrapassado, estão a ameaçar a saúde das pessoas e do meio ambiente, contaminando freáticos e tudo mais. As populações de maneira geral, tem-se comportado, de certa forma,  louvável, na sua grande maioria, adotando os procedimentos corretos para a captura e entrega do lixo doméstico. As indústrias, custeando processos de segregação ou transformação das suas vazões sólidas ou líquidas, quer químicas ou biológicas. Tudo, em benefício da nossa saúde e qualidade de vida.

            Há, contudo, uma categoria, que esnobando este grande esforço dos humanos, vem insistindo de forma desafiadora aos esforços, que é de todos, para resolver de forma ecológica este grave problema do lixo, que já está chegando á nossa cidade Formosa.

            Neste contexto, não há como omitir-se, diante de um trabalho, humilde é verdade, mas de importância fundamental e pouco reconhecido. Refiro-me aos incansáveis garis. Às cinco horas da manhã, enquanto todos curtem o saboroso soninho da madrugada, eles já estão de pé, vassoura à mão, limpando as ruas, para nós. Nossas ruas e calçadas, só serão bonitas e freqüentáveis, se estiverem limpas e por conseqüência, sadias. Nelas, nossos filhos poderão brincar sem perigo de contaminação

.            O lixo representa uma importância tão grande para as sociedades, que todos os prefeitos, dedicam a este mister, uma preocupação constante. O lixo pode derrotar um candidato em uma eleição.

           Pois bem amigos, há, como já me referi, parágrafos atrás, uma categoria que se nega a colaborar com todos. Uma categoria que nem humana é. Duvidam? Vou anunciar. São os eqüinos de Formosa. Uns, por justo motivo, deslocam-se do campo para a cidade, dono às costas, em missão dignificante de conduzir aqueles que não podem dispor de um bom carro. Outros, os carroceiros na labuta diária do ganha-pão. Entretanto há os esnobes, no seu desfilar, pelas ruas da cidade, garbosos, exibindo a raça pura, exteriorizando através da beleza e perfeição de formas, seus genótipos privilegiados. E lá vão todos, nos seu desfilar vaidoso, estercando as ruas e calçadas, contaminando-as com fezes transmissoras de tétano e outras doenças, sem a menor preocupação. Seu descaso pela coisa pública os leva até a galoparem pelo canteiro central da nossa bela avenida de acesso, destruindo impiedosamente a grama recém restaurada. Por sorte de todos nós, logo atrás do privilegiado  séquito, vislumbramos  os despercebidos garis. Aqueles que por infortúnio das ruas sujas se procura, e que por felicidade se encontra. Humildes, quase imperceptíveis, sem uma lamúria, vão limpando, suor a escorrer pela face cansada e curtida pelo sol carrasco, os excrementos que deveriam ser descartados no campo e não nas ruas, mas que por vaidade da bela espécie, só lhes proporcionam mais trabalho e esforço, sem um tostão a mais, a incorporar-se aos seus ínfimos salários e em absoluto descaso pelo bem estar coletivo. Multas pesadas têm sido um santo remédio, em cidades,, onde as Câmaras Municipais são mais atentas ao bem comum, na elaboração de leis severas contra esses tipos de atentado ao bem comum. Uma polícia operosa e presente também ajuda. Com a palavra a Câmara Municipal e o senhor delegado. 

                      Maio de 2011                         

Geraldo Navarro

Informativo Comunidade Ativa: LISIDIO BARRETO - VEREADOR COMPROMETIDO COM O POVO

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